sábado, 20 de março de 2010

VINHOS DE UNICA CEPA - PART (1)


Amigos, havíamos prometido que meu próximo texto, ou seja, este que agora estou postando, que faríamos um passeio pelo mais novo e ao nosso entender melhor espaço do vinho atualmente em Maceió, o Toscana Vinhos e Café, entretanto não o farei neste momento, pois o material que estou levantando sobre este empreendimento ainda não ficou pronto e, como me comprometi a fazer pelo menos um post por semana, estarei antecipando a matéria sobre varietais (variedade) de uvas ou principais castas usadas na confecção de vinhos atualmente.


Varietal

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Varietal significa, em enologia, o vinho elaborado com único tipo de uva ou praticamento só com uma.[1] Se consideram varietais os vinhos que contém mais de 85% de uma uva principal. Exemplo de uvas usadas em varietais: Cabernet Sauvignon , Merlot , Tempranillo, Chardonnay, etc.

Vinhos que apresentam mais de um nome de uva em sua composição, não devem ser considerados varietais.

Também se chama varietal ao caráter aromático de um vinho no qual predomina o aroma de uma determinada variedade de uva.

A tabela que coloco a disposição abaixo é uma variação de pesquisas realizada na Larousse, em várias matérias que coleciono de publicações junto à revistas como a wine spectator, decanter, bem como sites e blogs de várias tribos, contudo o texto que agora produzo teve uma grande influência do jovem sommelier Matt Skinner e da escritora e critica de vinhos Carolyn Hammond.


Farei uma breve introdução para aqueles que ainda não conhecem Matt Skinner (foto), Matt é Australiano de Melbourne e responsável (sommelier) principal da adega dos restaurantes do famoso Chef Jamie Oliver em Londres, é ainda escritor tendo publicado o livro “Sem Segredos, aprecie o vinho e tenha mais prazer”, mais a frente pretendo fazer um post unicamente falando sobre os maravilhosos vinhos Australianos, e terei que usar os conhecimentos do Matt Skinner principalmente sobres os assemblage (cortes) dos vinhos produzidos com a uva Shiraz e Cabernet Sauvignon em seu país.


Quero me deter hoje em um texto que explore um pouco a produção de vinhos com uvas de uma única varietal, para tanto estarei ancorando nossa pesquisa nos conhecimento de outra famosa consultora mundial, a enóloga Carolyn Hammond.

Carolyn Hammond (foto), desenvolveu uma tabela para que pudéssemos nos conduzir melhor quanto a varietal, o sabor e aroma que estas espécie produzem, caso tenha interesse de conhecer toda a tabela favor acessar o site: http://200.233.221.140/cap/9788599560167.pdf, cujas informações serão de grande valia. Certamente você já deve ter verificado que algumas cepas se destacam bem mais que outras, muitas vezes chegamos a pensar que algumas uvas tem condições de serem plantadas em qualquer lugar do planeta, acredito que esta afirmação é correta. Quanto varietais brancas acreditamos que as principais são as Chardonnay e Sauvignon Blanc, já quanto às tintas temos: a Pinot Noir, Merlot e principalmente a Cabernet Sauvignon como foco principal, podemos até afirmar que estas são cepas sem pátria, cuja cidadania é o mundo, ou ainda que são completamente globalizadas, pois se deram bem em vários e variados solos de qualquer lado do equador.


Segundo a tabela de Carolyn, temos a seguinte escala:

Varietais Brancas

Aroma e Sabor

Chardonnay

Maça e frutas cítricas

Sauvignon Blanc

Limão, aspargos, frutas vermelhas, abacaxi e morango

Varietais Tinta

Pinot Noir

Framboesa madura, morango em conserva (geléia), com o envelhecimento, sofrem algumas mudanças drásticas, segundo a autora podem adquirir sabores que se parecem com caldo de carne, aroma de curral de fazenda e trufas.

Merlot

Chocolate escuro e amora.

Cabernet Sauvignon

Amoras pretas, cedro e freqüentemente um toque de menta ou eucalipto.


Se alguns ainda se sentem desconfortados com estas premissas que os autores, ou os conhecedores do vinho fazem quanto às simulações de aroma e sabor, não fiquem incomodados pois ao longo de nossas postagem teremos condições de debater e esclarecer cada ponto dessas varietais, contudo é muito interessante treinar a mente para gravar os aromas e sabores que saltam destas garrafas quando apreciamos bons produtos.


Bem, chamarei este de “ o primeiro debate” assim escreveremos um pouco acerca da mais popular das uvas no mundo contemporâneo, a Cabernet Sauvignon, que também é conhecida como Petite Vidure, nativa da região de Bordeaux na França esta varietal esta bem estabelecida em quase todos os vinhedos do planeta terra, se destacam exemplares vindos da Espanha, Itália, Argentina, Chile, EUA, África do Sul e Austrália e até mesmo do Brasil que tem produzido alguns mas ainda razoáveis títulos de Cabernet Sauvignon, (na sua maioria assemblages), voltarei ao assunto à frente, pois não vejo ainda vocação de nosso pais para os tintos, já nossos brancos tem com toda certeza um grande futuro, contudo teremos tempo de discutir mais o vinho brasileiro, inclusive os excelentes espumantes da premiada vinícola Dalpizzol. Voltando ao Cabernet Sauvignon, o Matt Skinner em seu livro “Sem Segredos” refere-se a esta uva como rosquinha, devido ao buraco que esta deixa em nosso paladar após a degustação, segundo Matt, a Cabernet Sauvignon pode ser misturada principalmente com a Merlot, a fim de encher o vazio que sentimos na boca quando degustamos esta variedade, a mesma produz vinhos tintos e encorpados, acompanhado bem sabores fortes como carnes vermelhas, seus taninos trabalham no intuito de atravessar a textura da carne. O vinho da Cabernet Sauvignon quando jovem é geralmente um vinho maduro e poderoso, um tanto áspero e adstringente, o componente químico vem da casca da uva e das sementes quando esmagadas para a produção do vinho. Graças a estes taninos, o Cabernet pode ser envelhecido por muitos anos, desenvolvendo uma textura mais suave, maior complexidade e maturação, elegância e graça com o tempo. Os vinicultores podem e com freqüência empregam técnicas para fazer seus Cabernet menos adstringentes para muitos consumidores é fácil e acessível apreciar um jovem e robusto vinho frutado de Cabernet, me incluo com certeza neste rol.


Ficamos por aqui e aproveitamos este post para mandar um grande abraços aos amigos da Confraria da Praça do OVO, no Condomínio Aldebaran Beta, principalmente ao confrade LÍNGUA MALDITA (Carlinhos) ao vovô careca (Aluizio), ao mestre do dominó (Aldo) ao sempre e destemido companheiro (Lean Araújo) e, ao passante da praça (Cláudio Bentes) enfim, todos que fazem esta alegre CONFRARIA.


Referência Bibliográficas:

[1] AMARANTE, J.O.A. 1986. Vinhos e Vinícolas do Brasil. Summus Editorial Ltda., São Paulo, 120p.

[2] SKINNER MATT, 2006. SEM SEGREDO. Larousse Editora S.A., São Paulo 71p.

[3] HAMMOND CAROLYN, 2007. 1000 SEGREDOS DOS VINHOS. Editora Novo Conceito Ltda. São Paulo.

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